O Regime
Especial de Reintegração de Valores (Reintegra) para as empresas
exportadoras foi prorrogado por cinco anos, até dezembro de 2017, e a
desoneração da folha de pagamentos foi ampliada para além da construção
civil e do comércio varejista, conforme a matéria original. Foram
contemplados, entre outros setores, o gesseiro, da construção pesada,
óptico, de farmácia de manipulação, indústria gráfica e agências de
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Com a
medida, as empresas reduzirão custos com o pagamento da mão-de-obra. O
relatório do senador Armando Monteiro (PTB-PE) foi aprovado na Comissão
Mista da MP 601/2012, nesta quarta-feira, 08.
A inclusão
dos diferentes segmentos foi articulada e negociada pelo senador
pernambucano junto ao Governo Federal. Foram realizadas sucessivas
reuniões nos últimos meses com o secretário-executivo da pasta, Nelson
Barbosa, e também com diferentes setores. No período, ocorreram, ainda,
audiências públicas para discutir a questão. “Tudo foi amplamente acordado com a equipe econômica do Governo e após ampla negociação com os setores”, salientou Armando.
Impacto em Pernambuco - Com
a inclusão da atividade de premoldados de gesso na desoneração da
folha, com alíquota de 1%, e vigência a partir de 2014, as empresas
reduzirão custos com o pagamento da mão de obra, melhorando a relação
custo-benefício.
O pólo
gesseiro está entre os setores mais importantes para a economia
pernambucana, uma vez que o Estado é o maior produtor e um dos grandes
responsáveis pela distribuição e fabricação de gesso no País, com uma
reserva de gipsita estimada em 2,8 milhões de toneladas, o que
corresponde a 97% do material consumido em todo Brasil.
Em relação
à inserção desse setor na desoneração da folha de pagamentos, incluídos
os blocos, placas, sancas e molduras de gesso, Armando ressalta que se
trata de uma indústria intensiva em mão de obra, predominantemente
artesanal e importante para a construção civil. O impacto da
contribuição previdenciária patronal sobre o setor é extremamente alto e
prejudica a sua competitividade. O setor é responsável pela geração de
quase 83 mil empregos diretos e indiretos.
“Não
tenho dúvida de que a desoneração favorecerá a população de Pernambuco,
pois trata-se de um arranjo produtivo local intensivo de mão de obra”,
destacou Armando, lembrando que o gesso faz parte da cadeia produtiva
da construção civil. O benefício valerá a partir do próximo ano.
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