Apontado pelo ex-ministro da Integração e adversário político
Fernando Bezerra Coelho (PSB) como responsável pela propagação da versão
da mudança do traçado original do Canal do Sertão, com redução das
cidades beneficiadas no Araripe, o ex-deputado federal Osvaldo Coelho
(DEM) reagiu, acusando o socialista, o governo Eduardo Campos (PSB) e os
parlamentares governistas de não terem utilizado a influência sobre os
presidentes Lula e Dilma para viabilizar a continuidade da irrigação no
semiárido.
“Nunca o governo que está aí (Eduardo) e o Fernando Bezerra, nem a
bancada do Estado, pediram pelo Canal do Sertão e pelo Pontal (projeto
de irrigação paralisado). Ele é o paralisador de tudo. Falta a eles (FBC
e governo) visão de futuro”, afirmou o ex-deputado, nessa quinta-feira.
A denúncia da redução do Canal do Sertão foi feita na Assembleia
Legislativa, com base em edital de outubro da Codevasf, subordinada ao
Ministério da Integração, lançando o projeto, mas com extensão menor.
Negando que esteja “espalhando” a versão da redução do Canal do Sertão, o
ex-deputado afirmou que sua crítica se baseia no projeto executivo, e
não em estudo de viabilidade, como acusou FBC.
“O original atendia a 17 municípios do Araripe, que por sua vez
foi afetado pelo Canal da Transposição (do São Francisco). A irrigação é
esperada desde 2002. Por que não conseguiram impedir que parassem o
Pontal, com toda a influência sobre Lula e Dilma? Por que não irrigaram
sequer um hectare? Ele (FBC) não gosta de irrigação. Acredita na
pobreza, é o rei da cisterna”, revidou.
O ex-deputado ressaltou que o projeto foi “mutilado” e conclama
Pernambuco a reagir. Aponta a paralisação de dez anos como prova da
“inércia dos políticos”, condena o discurso da convivência com a seca e
defende a irrigação como solução para o desenvolvimento da região.
“A seca só traz sofrimento. Cisterna e caminhão-pipa é tapeação.
Coisa de péssimo gestor, péssimo político, aquele que não dá
continuidade a obras dos anteriores. Fica em palavras, palavras,
palavras. Qualquer mudança é inaceitável para o Estado. Não tem nada
mais importante para Pernambuco do que o Canal do Sertão”. (Do Jornal do Commercio)
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