quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Codevasf será responsável por gerir águas da transposição

Num recente discurso na Câmara de Deputados, Gonzaga Patriota (PSB) já tinha sugerido ao governo federal entregar o restante das obras da transposição do Rio São Francisco nas mãos do Exército Brasileiro, diante do trabalho adiantado que impôs na parte que lhe coube. Não será o Exército quem ficará com a tarefa, mas a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
A empresa foi escolhida para a mais difícil e complexa missão na transposição do São Francisco: será a operadora federal da gestão da água. Trata-se de uma missão crucial, uma responsabilidade com o futuro de 12 milhões de nordestinos que vai exigir uma reestruturação da Codevasf. A água será para uso humano, agrícola e industrial no semiárido de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
O tema soa complicado, mas interessa. É o mais importante da transposição, porque trata da sua finalidade: como será o abastecimento de água.
Problemas
O acumulado de problemas na megaobra faz a construção parecer o mais difícil, porém nada se compara ao desafio futuro de operar e manter os 713 quilômetros de canais, um emaranhado de motobombas gigantes, reservatórios e estações elevatórias que vão subir a água a mais de 300 metros de altura (mais que as duas torres da Moura Dubeux no Cais José Estelita empilhadas). Isso, além do importante papel da fiscalização para evitar furto de água e a contaminação por animais mortos, atraídos pela sede: bois e cabras já andam nas bordas e dentro dos canais.
A gestão da água é muito mais complicada que a obra. De forma simplificada, imagine que pessoas não roubam energia das linhas de transmissão porque vão morrer. Mas basta quebrar um canal e ter água”, explica João Paulo Aguiar, diretor do Instituto Ilumina. (Fonte: JC Online)

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